Um aula de Biologia, leiam, vale a pena, informação nunca é demais!!
Tudo o que você sempre quis saber sobre Alergias:
Nunca a imunidade do ser humano foi tão frágil nos dias atuais!
Nunca fomos tão suscetíveis a contrair patologias em decorrência da deficiência imunológica!
Na década de 70, muitas dessas patologias eram consideradas raras, e algumas delas nem existiam. Hoje, a prevalência com que elas dominam o mundo é assustadora. São inúmeros os casos de psoríase, lúpus, vitiligo, púrpura, diabetes mellitus, artrite reumatóide, pênfigos, leucemia, neoplasias, AIDS, dentre outras desta natureza. E como se não bastasse ainda existe uma espécie que está ganhando força que fez a Organização Mundial da Saúde publicar um aflito pedido de colaboração Internacional para frear sua potente escalada: as alergias.
Parece que elas tomaram o controle da situação. Estima-se que 30% da população mundial, isto é, mais de 2 bilhões de pessoas, sofram algum tipo de alergia. São números realmente preocupantes não acham? O que está acontecendo om nossas defesas naturais? O que está exaurindo nossa capacidade protetiva? Esta é sem dúvida uma reflexão multifatorial, aliás existem as alergias de caráter genético, mas também aquelas adquiridas pelo ritmo que adotamos em nossas vidas. De uma coisa no entanto, podemos ter certeza: o corpo humano está programado para pagar na mesma moeda o bem ou o mal que lhe impusermos.
Noções de Imunologia
imunologia é a área da biologia que estuda o sistema imunitário.
O sistema imunitátio humano também chamado de imunológico é um mecanismo desenvolvido para os defender de agentes agressores, como bactérias, fungos, virus, parasitas, ou quaisquer anomalias que queiram nos causar algum tipo de dano.
Dentre os elementos que constituem a imunidade, os principais são os leucócitos, encontrados no sangue, também conhecidos como glóbulos brancos. A principal função dos leucócitos é reconhecer quais são as substâncias próprias do indivíduo ( SELF) e quais são as substâncias estranhas ( NON- SELF ).
As substâncias próprias são bem recebidas e tem passe livre pelo corpo, já as substâncias estranhas que chamamos de antígenos, são bloqueadas.
Para bloquear os invasores antígenos, os leucócitos produzem substâncias chamadas anticorpos, que são glicoproteínas em forma de Y, responsáveis por interromper a ação do invasor ou avisar ao sistema complemento ( grupo de 30 proteínas auxiliares ) que o invasor precisa ser removido.
Mas é importante pontuar que para cada tipo de antígeno existe um anticorpo específico. Para que o sistema imunitário possa produzir o anticorpo específico, é necessário que ocorra o reconhecimento do antígeno como substância estranha pelo sistema imunológico.
A partir deste reconhecimento, os leucócitos produzem o anticorpo específico para inativar o antígeno. É o que denominamos de complexo antígeno-anticorpo. O antígeno inativado é eliminado sem causar problemas para o indivíduo, se este não for alérgico. Já no indivíduo alérgico, as coisas não acontecem tão tranquilamente assim.
O que é alergia
A alergia é uma reação de hipersensibilidade a uma substância geralmente inofensiva. É uma falha das células do sistema imunitário, que podem se equivocar a confundir uma substânia normal com uma invasora.
Veja abaixo o mecanismo de formação das alergias:
1- A pessoas entram em contato com uma substância inofensiva.
2- Ocorre a reação de sensibilização das células imunitárias que confundem a susbstância inofensiva com uma antígeno ( agente agressor ).
3- Este fato, libera na corrente sanguínea grande quantidade de anticorpos chamados IgE, para proteger o orgnismo.
4- Entretanto, esta proteção é desnecessária, pois a substânia em questão não é na verdade um antígeno, é somente fruto de um engano da imunologia.
5- O resultado desta proteção indevida faz com que os anticorpos IgE se liguem com células denominadas mastócitos.
6- Os mastócitos, por sua vez, possuem em seu interior uma substânia chamada histamina, que quando presentes em pequena quantidade no organismo apenas participam dos processos inflamatórios, mas quando presentes em grande quantidade manifestam os sintomas da alergia.
7- A presença dos anticorpos IgE em grande quantidade no sangue, faz com que os manócitos descarreguem de uma só vez todo o seu conteúdo de histamina nos tecidos.
8- Isso causa reação inflamatória local ou generalizada e desproporcionada, a qual produz os sintomas clínicos da alergia.
Tipos de Alergia:
Elas podem ser hereditárias ou adquiridas:
Hereditárias: Como o próprio nome sugere, provém de familiares com histórico de Atopia ( o gene da alergia ).
Adquirida: É aquela que não se nasce com ela, adquire-se ao longo da vida por hábitos repetidos ou do contato com elementos potencialmente alergênicos, que sensibilizam as células de defesa, até se manifestarem em reações alérgicas.
As alergias podem também ser sistêmicas e cutâneas:
Sistêmicas: são as alergias que se manifestam ao nível do organismo. Normalmente são respiratórias como a asma, bonquite, rinite, conjutivite, sinusite, coriza e sua forma mais extrema que é a anafilaxia.
Podem ser também alimentares quando a imunologia do indivíduo interpreta certo alimento como perigoso ao seu organismo, sendo que, os principais sintomas incluem diarréia, vômito, abdominais e fadiga, onde a anafilaxia tambem não pode ser descartada.
Cutâneas ou Dermatológicas: São as alergias que se manifestam ao nível da pele. As mais observadas são:
Dermatite atópica- na maior parte dos casos é de caráter genético e é caracterizada por prurido, acompanhado de edema, eritema e secreções.
Eczema de contato: Surge através do contato da pele com gentes considerados irritantes como: luvas de latéx, ácidos, sabões detergentes, perfumes e etc.
Possui duas fases: a aguda , onde a resposta é imediata à exposição e a crônica, onde a sensibilização ocorre cumulativamente ( com a exposição repetida ). A fase aguda costuma ser caracterizada por pruridos, eritemas, edemas, bolhas e secreções e a fase crônica por pruridos, formação de crostas, descamação e espessamento da pele.
Urticárias- De origem geralmente adquirida, têm como principal indicador a presença de prurido intenso com subsequente formação de placas avermelhadas, podendo apresentar ardência e sensação de ferroada.
Principais fatores Predisponentes:
Sabemos que a predisposição genética é um fator determinante para a formação de um processo alérgico, mas sabemos também que existem produtos com históricos alergênicos, ou seja, com alto potencial de desencadear reações alérgicas.
Acompanhe a lista abaixo:
Pó/Poeira;
Ácaros, Mofos;
Pêlos e penas de animais;
Picadas de insetos;
Plantas ( normalmente o pólem das mesmas );
Sol ( fotoalergenicidade );
Perfumes;
Tecidos;
Distúrbios psicoemocionais ( Stress, depressão, ansiedade, ódio, pânico e similares );
Alimentos: leite, ovos, mariscos, milho, pimenta, glúten, cacau e outros;
Medicamentos: mercúrio cromo, penicilina, diclofenaco, dipirona, AAS,
No caso dos cosméticos, alguns aspectos em especial os tornam com maior propensão a formar alergias, como por exemplo a presença em sua formulação de determinados corantes, fragrâncias e conservantes, bem como o PH estabelecido e a base escolhida.
Alguns princípios ativos por sua própria constituição química , exigem atenção especial, pois em indivíduos previamente sensibilizados podem manifestar reações alergicas.
Dentre eles destacamos:
Trietanolamina
Dioxido de titânio
Cânfora e Mentol
Lauril Sulfato de Sódio
Resorcina
Idebenona
Paba
Enxofre
Ácido Retinóico
Nicotinato de Metila
Para garantir a segurança de uso, os cosméticos devem ser sempre testados antes de seu lançamento. Os ensaios de irritabilidade dérmica primária( avaliação do comportamento de curto prazo ) e acumulada ( avaliação do comportamento a longo prazo ) são ótimos e importantes sinalizadores neste sentido.
Mas vale lembrar que da mesma forma que nem todo espirro é gripe, nem todo desconforto na pele é uma alergia. Algumas vezes é somente uma intolerância transitória, por isso, quando uma alergia cutânea se manifesta, a conduta ideal é suspender o uso do produto, acalmar a pele até sua normalização e após um período de 7 a 10 dias experimentá-lo novamente, pois em algumas situações a reação pode ser apenas uma resposta adaptativa e não voltar a acontecer. Se acontecer, então é uma resposta inata e o produto deve ser suspenso definitivamente.
Respostas adaptativas São aquelas em que o sistema imune memoriza o agente agressor e reage melhor cada vez que encontra o alérgeno em questão, até que não manifeste mais a alergia.
Respostas Inatas- Ao contrário das adaptativas, sempre provocam a mesma resposta, mesmo quando é exposta várias vezes ao mesmo alérgeno.
FONTE: Revista Bel Col- artigo escrito pela Professora Claudia Eveline-Química, Membro da Sociedade Brasileira de Bioteccnologia e Diretora do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento Bel Col.

Nenhum comentário:
Postar um comentário